O município de Santo Antonio do Aracanguá recebeu na semana passada a visita das professoras mestres, Maria Lúcia Ferreira e Márcia Aparecida Schuverter, que vieram ao município enviadas pelo MEC – Ministério da Educação – para tratarem sobre assuntos relacionados ao Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE. Segundo o Departamento de Educação, as orientadoras permaneceram no município por quatro dias. Inicialmente, na companhia do prefeito Luizão e de dirigentes da educação local, visitaram as unidades escolares. Nas Emefs Maria Jose e Alice Couto, as professoras verificaram salas de aula, bibliotecas e a dinâmica da escola. Alguns projetos desenvolvidos pela prefeitura nas unidades prenderam a atenção das educadoras. Em Vicentinópolis, por exemplo, as oficinas oferecidas, além da qualidade e organização do espaço utilizado pelas crianças, receberam elogios das visitantes, que também se surpreenderam com a qualidade da merenda escolar acompanhada por nutricionista. Após a verificação das dependências das unidades, as orientadoras do MEC, se reuniram na quinta-feira durante todo o dia com os professores da rede municipal de ensino no anfiteatro da escola Alice Couto, onde debateram temas relacionados ao PDE, com ênfase ao IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e ao PAR – Plano de Ações Articuladas, dentre outros assuntos que visam detectar problemas enfrentados por alunos com dificuldade no aprendizado e elevar o índice educacional no município, apontado em 2007 como insuficiente. Durante o encontro, as professoras explicaram que o objetivo das novas regras do MEC é verificar a qualidade do processo de alfabetização dos alunos no momento em que ainda é possível corrigir distorções e salvar o futuro escolar da criança. Em seus comentários, elas enfatizaram ainda que a prioridade do PDE é garantir uma educação básica de qualidade e que investir na educação básica significa investir na educação profissional e na educação superior porque elas estão ligadas, direta ou indiretamente. Significa também envolver todos — pais, alunos, professores e gestores, em iniciativas que busquem o sucesso e a permanência do aluno na escola. Em determinado momento, uma das professoras disse se sentir muito feliz em poder falar sobre o tema para um público tão grande e interessado. Ela enfatizou a preocupação do prefeito Luizão em abrir as portas para a discussão e promover o envolvimento dos pais e professores no debate, enquanto muitos procuram maquiar o problema e não admitem a necessidade de ajuda para melhorar a educação. A professora se referia ao fato de na quinta-feira, 20, as aulas terem sido suspensas em todas as unidades escolares, por determinação da prefeitura, para que os professores pudessem ter a oportunidade de participar do encontro. Para o prefeito Luizão, as determinações do MEC, explanadas no município por meio das professoras, aumentam a responsabilidade de todos. “É uma tarefa que precisa de muita força e união para que possamos mostrar à sociedade tudo o que se passa dentro e fora da escola e assim, realizar um trabalho eficaz em função da melhoria da qualidade do ensino”, afirmou o prefeito. “Se essas iniciativas não chegarem à sala de aula para beneficiar a criança, não se conseguirá atingir a qualidade que se deseja para a educação brasileira. Por isso, é importante a participação de todos nós neste processo”, completou. Ideb - Em 2007 foi criado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb ). O indicador, que mede a qualidade da educação, foi pensado para facilitar o entendimento de todos e estabelecido numa escala que vai de zero a dez. A partir deste instrumento, o Ministério da Educação traçou metas de desempenho bianuais para cada escola e cada rede até 2022. O novo indicador utilizou na primeira medição dados que foram levantados em 2005. Dois anos mais tarde, em 2007, ficou provado que unir o país em torno da educação pode trazer resultados efetivos. A média nacional do Ideb em 2005 foi 3,8 nos primeiros anos do ensino fundamental. Em 2007, essa nota subiu para 4,2, ultrapassando as projeções, que indicavam um crescimento para 3,9 nesse período. O indicador já alcançou a para 2009. Se o ritmo for mantido, o Brasil chegará a uma média superior a 6,0 em 2022. Plano de Ações Articuladas (PAR) - é o planejamento multidimensional da política de educação que cada um dos 5.563 municípios do país deve fazer para um período de quatro anos. Professores da rede municipal de ensino no anfiteatro da escola Alice Couto, atentos às novas orientações
